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Nova análise de rochas lunares do lado oculto revela período de intensa atividade magnética, desafiando teorias sobre a evolução do satélite natural

 

Uma nova pesquisa, baseada em 1.935,3 gramas de amostras de rochas lunares coletadas pela missão Chang’e-6, revelou que a Lua possuía um campo magnético surpreendentemente forte há cerca de 2,8 bilhões de anos. A descoberta desafia teorias anteriores sobre a história magnética da Lua e abre novas perspectivas sobre sua evolução.

Em 4 de junho de 2024, a Administração Espacial Nacional divulgou uma foto do módulo de pouso e do ascensor Chang’e-6. Créditos: China Nacional Space Administration – CNSA

Cientistas analisaram amostras de basaltos do lado oculto da Lua, trazidas pela missão chinesa Chang’e-6, e encontraram evidências de um campo magnético com intensidade entre 5 e 21 microteslas. Essa descoberta é crucial porque preenche uma lacuna importante no conhecimento sobre a evolução do “dínamo” lunar – o mecanismo que gera o campo magnético.

Estudos anteriores, baseados em amostras do lado visível da Lua, já haviam demonstrado que o satélite natural teve um campo magnético intenso há cerca de 4 bilhões de anos, que depois declinou drasticamente por volta de 3,1 bilhões de anos atrás. A grande questão era o que aconteceu depois desse declínio: o campo magnético simplesmente desapareceu ou persistiu de alguma forma?

A Chang’e-6, em 25 de junho de 2024, trouxe para casa as primeiras amostras do mundo coletadas do lado distante da Lua – Créditos: China Nacional Space Administration – CSNA

A nova pesquisa responde a essa pergunta, mostrando que, por volta de 2,8 bilhões de anos atrás, o campo magnético lunar experimentou uma recuperação, indicando que o dínamo lunar permaneceu ativo por um período muito maior do que se imaginava. Essa descoberta contradiz a hipótese de que o dínamo teria entrado em um estado de baixa energia após o declínio inicial.

Pesquisadores se preparam para pesar amostras lunares da Chang’e-6 durante uma cerimônia de abertura do retorno na Academia Chinesa de Tecnologia Espacial, sob a Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China, em Pequim, capital da China, em 26 de junho de 2024. (Xinhua/Jin Liwang)

Os cientistas acreditam que o dínamo lunar pode ter sido impulsionado por diferentes mecanismos, como a agitação do magma no interior da Lua, a precessão (movimento de oscilação do eixo de rotação) e a cristalização do núcleo. A combinação desses fatores pode explicar a complexa história magnética da Lua.

Amostras lunares da missão Chang’e-6 da China, coletadas do lado oculto da Lua, são exibidas na 15ª Exposição Internacional de Aviação e Aeroespacial da China na segunda-feira, de acordo com a Administração Espacial Nacional da China (CNSA). Créditos: CNSA

A análise das rochas do lado oculto da Lua é especialmente importante porque oferece uma perspectiva diferente da evolução lunar. O lado oculto, que nunca está voltado para a Terra, possui características geológicas distintas e pode fornecer informações cruciais sobre a formação e a história do satélite.

Conclusão

Essa nova pesquisa representa um avanço significativo na compreensão da história da Lua. Ao revelar um período de intensa atividade magnética há 2,8 bilhões de anos, os cientistas demonstraram que a evolução do dínamo lunar foi mais complexa do que se pensava. Os resultados abrem caminho para novas investigações sobre a estrutura interna da Lua, sua história térmica e as condições em sua superfície ao longo do tempo. Compreender a história magnética da Lua também pode fornecer insights importantes sobre a evolução de outros corpos celestes, incluindo a Terra.

Imagem Destacada: Créditos – Pixabay

Fonte: https://www.nature.com/articles/s41586-024-08526-2

Marcos Gimenez

Marcos Gimenez Queiroz é Publicitário, Redator, Roteirista, Professor das Disciplinas RTV e Cinema, Professor Graduado em Letras Português e Espanhol pela PUC-SP e Diretor do GapingNews.com

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