- por Marcos Gimenez
- on 16/01/2025
Nódulos Polimetálicos em Profundezas Oceânicas Produzem Oxigênio sem Luz Solar, Desafiando Entendimentos Tradicionais
Em uma descoberta revolucionária, uma equipe de cientistas identificou a produção de oxigênio em profundezas oceânicas, onde a luz solar é inexistente. Essa nova forma de geração de oxigênio, apelidada de “oxigênio escuro”, ocorre através de nódulos polimetálicos que funcionam como baterias naturais. Agora, a colaboração com a NASA promete levar essa pesquisa a novos patamares.
Em julho de 2024, pesquisadores explorando a zona Clarion-Clipperton entre o Havaí e o México encontraram um fenômeno inesperado. A mais de 5 km de profundidade, sensores indicaram um aumento significativo nos níveis de oxigênio, algo incomum para tais profundezas abissais.
A investigação revelou que os nódulos polimetálicos, ricos em metais como ferro, manganês, cobalto e níquel, estavam gerando oxigênio através da eletrólise da água do mar. Esse processo, anteriormente desconhecido, foi detalhado em um artigo publicado na Nature Geoscience, onde os cientistas Andrew K. Sweetman et all descreveram como esses nódulos funcionam como pequenas baterias, produzindo oxigênio sem a necessidade de luz solar.
A descoberta chamou a atenção da NASA, que vê paralelos entre essa produção de “oxigênio escuro” e potenciais processos em outros corpos celestes, como as luas de Júpiter e Saturno, que possuem oceanos subterrâneos. A colaboração entre os cientistas marinhos e a NASA pode abrir novas portas para a exploração de ambientes extremos e a busca por vida extraterrestre.
Conclusão
Essa descoberta não só desafia nosso entendimento dos ciclos biogeoquímicos da Terra, mas também tem implicações significativas para a exploração espacial e a mineração oceânica profunda. O “oxigênio escuro” pode ser a chave para futuras missões da NASA em planetas e luas distantes, onde a sobrevivência humana dependerá de formas inovadoras de produção de oxigênio.
A colaboração entre os cientistas marinhos e a NASA promete desbravar novos caminhos na ciência, explorando as profundezas do desconhecido, tanto nas profundezas do nosso próprio planeta quanto nos vastos alcances do cosmos.
Imagem Destacada: Oceano profundo: Imagem gerada por Inteligência Artificial – Créditos – Copilot/Microsoft
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Fontes: https://www.bbc.com/news/articles/cq6gg5mnn8eo
https://www.nature.com/articles/s41561-024-01480-8