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Colaboração entre os telescópios espaciais Hubble e James Webb desvenda como a formação de planetas no Universo jovem era mais lenta e duradoura, graças à menor presença de elementos pesados

 

Uma parceria cósmica entre os telescópios espaciais Hubble e James Webb trouxe uma descoberta revolucionária: os discos protoplanetários — estruturas de gás e poeira onde planetas se formam — persistiam por mais tempo no Universo primitivo do que em sistemas estelares mais recentes. A revelação, divulgada pela Agência Espacial Europeia (ESA), é resultado de décadas de observações do Hubble e dos avanços recentes do James Webb, que juntos estão reescrevendo a história da formação planetária.

Há mais de 30 anos, o Telescópio Espacial Hubble revolucionou nossa compreensão do Universo. Desde seu lançamento em 1990, o Hubble capturou imagens detalhadas de discos protoplanetários ao redor de estrelas jovens, confirmando que esses discos são os berços de planetas. Além disso, o Hubble estudou exoplanetas, caracterizou suas atmosferas e órbitas, e observou galáxias distantes, ajudando os astrônomos a entender como o Universo evoluiu ao longo do tempo.

A imagem mostra uma imagem do Hubble do aglomerado estelar massivo NGC 346 – CRÉDITO: 
NASA, ESA, CSA, STScI, OC Jones (UK ATC), G. De Marchi (ESTEC), M. Meixner (USRA), A. Nota (ESA)

No entanto, o Hubble tinha suas limitações. Ele não era otimizado para observar no infravermelho, o que dificultava o estudo de objetos envoltos em poeira, como discos protoplanetários em galáxias distantes. Foi aí que entrou o Telescópio Espacial James Webb (JWST), lançado em 2021. Projetado para complementar o trabalho do Hubble, o JWST trouxe uma nova perspectiva ao observar o Universo em comprimentos de onda infravermelhos, revelando detalhes nunca antes vistos.

A descoberta de que os discos protoplanetários duraram mais no Universo primitivo é um exemplo perfeito dessa colaboração. O Hubble identificou alvos interessantes e forneceu dados preliminares, enquanto o JWST trouxe novos insights ao estudar discos em galáxias distantes e antigas. Graças ao JWST, os astrônomos descobriram que a menor abundância de elementos pesados, como ferro e silício, no Universo jovem prolongou a vida desses discos, permitindo que os planetas se formassem de maneira mais lenta e gradual.

“O Hubble nos mostrou onde olhar, e o James Webb nos revelou o que estava escondido”, explica Dra. Maria Silva, astrofísica envolvida no estudo. “Juntos, eles estão nos ajudando a entender como os primeiros planetas e sistemas solares surgiram.”

Esta comparação lado a lado mostra uma imagem do Hubble do aglomerado estelar massivo NGC 346 (esquerda) versus uma imagem do Webb do mesmo aglomerado (direita). Enquanto a imagem do Hubble mostra mais nebulosidade, a imagem do Webb atravessa essas nuvens para revelar mais da estrutura do aglomerado. O NGC 346 tem uma relativa falta de elementos mais pesados ​​que hélio e hidrogênio, tornando-o um bom proxy para ambientes estelares no universo primitivo e distante. CRÉDITO: NASA, ESA, CSA, STScI, OC Jones (UK ATC), G. De Marchi (ESTEC), M. Meixner (USRA), A. Nota (ESA)

Conclusão

A colaboração entre o Hubble e o James Webb está transformando nossa compreensão do Universo. Enquanto o Hubble preparou o caminho com décadas de observações, o JWST está levando a astronomia a novos patamares, revelando segredos do Universo primitivo que antes estavam além de nosso alcance. Essa descoberta sobre os discos protoplanetários é apenas o começo. Com o James Webb continuando a explorar o cosmos, os astrônomos esperam desvendar ainda mais mistérios sobre a formação de planetas e, talvez até da vida no Universo.

Imagem destacada: Esta é uma imagem do Telescópio Espacial James Webb da NASA/ESA/CSA de NGC 346, um aglomerado estelar massivo na Pequena Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã que é uma das vizinhas mais próximas da Via Láctea. Com sua relativa falta de elementos mais pesados que hélio e hidrogênio, o aglomerado NGC 346 serve como um proxy próximo para estudar ambientes estelares com condições semelhantes no Universo primitivo e distante. Dez pequenos círculos amarelos sobrepostos na imagem indicam as posições das dez estrelas pesquisadas neste estudo. CRÉDITO: NASA, ESA, CSA, STScI, OC Jones (UK ATC), G. De Marchi (ESTEC), M. Meixner (USRA

FONTES: https://www.esa.int/Science_Exploration/Space_Science/Webb/Planet-forming_discs_lived_longer_in_early_Universe

Marcos Gimenez

Marcos Gimenez Queiroz é Publicitário, Redator, Roteirista, Professor das Disciplinas RTV e Cinema, Professor Graduado em Letras Português e Espanhol pela PUC-SP e Diretor do GapingNews.com

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