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Suspensão de taxas para smartphones e laptops reacende debate sobre dependência da China, inflação e influência de grandes empresas no governo americano

 

Falando Sério!

Em meio a pressões do setor tecnológico e temores de inflação, o governo Trump anunciou a suspensão temporária de tarifas sobre produtos eletrônicos como smartphones e laptops importados da China. A medida, classificada por Pequim como um “pequeno passo”, busca equilibrar interesses econômicos domésticos e uma estratégia de reindustrialização, mas levanta questões sobre a influência de grandes corporações e a viabilidade de reduzir a dependência chinesa a curto prazo.

Pressão Corporativa e Proteção ao Consumidor

A decisão de retirar eletrônicos das tarifas recíprocas surge após alertas de que produtos como iPhones poderiam ter preços triplicados, chegando a US$ 3.500 por unidade. Empresas como Apple, Samsung e Nvidia pressionaram a Casa Branca, argumentando que as taxas seriam um “Armagedom para o setor de tecnologia”, já que 80% dos componentes desses produtos são fabricados na China. Para o governo, a isenção evita um choque inflacionário e compra tempo para realocar parte da produção nos EUA.

Lobby e Laços Políticos

Críticos apontam que a Apple, doadora de milhões para a campanha de Donald Trump em 2024, teve papel central na negociação. Embora não haja provas de favorecimento direto, a relação próxima entre Trump e CEOs como Tim Cook alimenta suspeitas. “É clássico: quem financia campanhas, dita políticas”, afirmou um congressista democrata sob anonimato.

Substituição da China: Um Desafio de Décadas

Apesar do discurso de “reindustrialização”, especialistas são céticos sobre a capacidade dos EUA de substituir a China no curto prazo. Embora empresas como a Apple tenham ampliado produção na Índia e no Vietnã (20% dos iPhones nos EUA já vêm desses países), a escala chinesa ainda é insubstituível. Projetos como a construção de fábricas da TSMC no Arizona e incentivos a semicondutores domésticos demandarão anos e US$ 300 bilhões em investimentos, segundo estimativas do Departamento de Comércio.

Temporário, Mas …

A isenção é uma “pausa técnica”, segundo o secretário de Comércio dos EUA. Em 1-2 meses, novas tarifas setoriais (entre 25% e 35%) devem atingir componentes específicos, como chips. A estratégia é pressionar realocações sem estrangular a economia. Paralelamente, Brasil e outros aliados tiveram isenções prorrogadas por 90 dias, mas a incerteza persiste.

Reações Internacionais

A China reagiu com cautela: “Isenções parciais não resolvem a guerra comercial”, declarou o Ministério do Comércio chinês. Enquanto isso, a União Europeia alerta para riscos de desequilíbrios globais e, o Vietnã se prepara para atrair mais investimentos de empresas que fogem das tarifas EUA-China.

Conclusão

A suspensão de tarifas revela o dilema de Trump: proteger consumidores e aliados corporativos sem abandonar a retórica anti-chinesa. A realidade, porém, é que os EUA ainda dependem da China para tecnologias críticas e, qualquer transição demandará pelo menos uma década. Enquanto isso, a medida adia, mas não resolve o risco de inflação, tensões comerciais e a pergunta que persiste: até que ponto o lobby corporativo molda a política econômica de uma superpotência?

Fontes:

https://www.dw.com/en/us-electronic-tariffs-exemptions-a-small-step-china-says/a-72233315

https://www.euronews.com/2025/04/13/us-commerce-secretary-says-tariff-exemptions-on-electronics-and-pharmaceuticals-are-tempor

https://www.reuters.com/markets/trump-plans-separate-levy-exempted-electronics-amid-trade-war-lutnick-says-2025-04-13/

Imagem Destacada: Smartphhones – Créditos: ukgehr/Pixabay

Marcos Gimenez

Marcos Gimenez Queiroz é Publicitário, Redator, Roteirista, Professor das Disciplinas RTV e Cinema, Professor Graduado em Letras Português e Espanhol pela PUC-SP e Diretor do GapingNews.com

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