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Enquanto Ucrânia relata novos ataques aéreos, EUA sinalizam mudança na estratégia diplomática sob governo Trump, ampliando incertezas sobre o fim do conflito

 

Falando Sério!

Em meio a alertas de ataques aéreos em Kiev e cinco regiões ucranianas nesta terça-feira (22/04/2025), as hostilidades entre Rússia e Ucrânia intensificam-se após o colapso do cessar-fogo temporário proposto por Vladimir Putin para a Páscoa ortodoxa. O Kremlin acusa Kiev de atacar alvos civis em Moscou, enquanto a Ucrânia denuncia violações sistemáticas da trégua pelas tropas russas. Paralelamente, a pressão do presidente americano Donald Trump por um acordo rápido, mas sem resultados concretos, reacende debates sobre o futuro do apoio ocidental e os riscos de uma solução negociada sob desequilíbrio militar.

O colapso do cessar-fogo e a escalada militar

O cessar-fogo de 48 horas anunciado por Putin em 19 de abril, inicialmente visto como um gesto simbólico, durou menos de dois dias. A Ucrânia relatou que os bombardeios russos recomeçaram já em 21 de abril, com ataques a infraestruturas energéticas e civis em Kharkiv e Sumy. O Ministério da Defesa russo, por sua vez, afirmou que drones ucranianos atingiram um armazém e condomínios residenciais em Moscou, matando dois civis, acusação negada por Kiev, que alega focar apenas em alvos militares.

A dinâmica no campo de batalha permanece crítica. Na direção de Pokrovsk-Mirnograd, as tropas russas avançam para cercar áreas estratégicas, enquanto a Ucrânia contra-ataca com reforços mobilizados, embora com sucesso limitado. Analistas destacam o uso intensivo de drones FPV e artilharia pela Rússia para conter as investidas ucranianas, indicando um conflito desgastante e prolongado.

Trump e a diplomacia da pressão

A promessa de Donald Trump de encerrar a guerra “em 24 horas” enfrenta a realidade de um impasse geopolítico. O presidente americano critica publicamente Volodymyr Zelensky, chamando-o de “ingrato” e “incompetente”, e sinaliza redução no apoio militar caso Kiev não aceite negociar com Moscou. Em contrapartida, Trump mantém diálogo direto com Putin, sugerindo flexibilizar sanções e reconhecer anexações territoriais em troca de um acordo, uma postura que preocupa aliados europeus.

Zelensky, no entanto, resiste. Em discurso recente, acusou a Rússia de ignorar 34 dias consecutivos de propostas de cessar-fogo e exigiu sanções mais duras contra setores-chave da economia russa, como energia e mineração. A União Europeia prepara seu 17º pacote de restrições, enquanto a Lituânia investe €10 milhões em armamento de longo alcance para Kiev, reforçando a divisão no Ocidente entre pressão militar e diplomacia.

Cenários futuros e o custo humano

A guerra entra em seu quarto ano com mais de 1 milhão de mortos ou feridos e 4,5 mil prisioneiros trocados, como a recente libertação de 277 soldados ucranianos, muitos nascidos após 2000. Enquanto a Rússia busca consolidar ganhos territoriais no Donbas, a Ucrânia enfrenta escassez de tropas e equipamentos, agravada pela hesitação dos EUA em autorizar ataques a solo russo com mísseis ocidentais.

Especialistas alertam que a estratégia de Trump, focada em negociações bilaterais com Putin, pode minar a coesão da OTAN e levar a concessões precipitadas. “Qualquer acordo acelerado tende a ser uma capitulação disfarçada”, avalia Uriã Fancelli, especialista em relações internacionais.

Conclusão

O conflito na Ucrânia permanece um quebra-cabeça geopolítico sem solução à vista. A falha do cessar-fogo da Páscoa expõe a desconfiança mútua entre Kiev e Moscou, enquanto a postura de Trump introduz variáveis imprevisíveis na equação diplomática. Com a Rússia avançando no campo de batalha e a Ucrânia dependente de apoio externo, o caminho para a paz parece exigir não apenas pressão militar, mas uma redefinição estratégica que reconcilie interesses antagônicos, algo distante no horizonte atual. Enquanto isso, civis pagam o preço mais alto, sob o som constante de sirenes e explosões.

Imagem Destacada: Presidente da Rússia, Vladimir Putin, Créditos: Sputnik/Kremlin/AP

Fontes:
https://ria.ru/20250422/trevoga-2012632426.html
https://www.rt.com/russia/616052-easter-ceasefire-ukraine-mod/

Marcos Gimenez

Marcos Gimenez Queiroz é Publicitário, Redator, Roteirista, Professor das Disciplinas RTV e Cinema, Professor Graduado em Letras Português e Espanhol pela PUC-SP e Diretor do GapingNews.com

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