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Apesar da pressão de Zelenskyy por um encontro com Putin e da presença da delegação russa, a Ucrânia não enviou representantes para as conversas de paz agendadas para esta quinta-feira (15) na Turquia.

 

O “não comparecimento” ocorre em momento crítico, com Kiev enfrentando perdas territoriais e escassez de recursos.

Falando Sério!

Istambul, Turquia – 15 de Maio de 2025 – O esperado encontro entre delegações da Rússia e da Ucrânia, agendado para esta quinta-feira na Turquia com o objetivo de buscar um caminho para a paz, terminou antes mesmo de começar. A delegação russa, liderada pelo assessor presidencial Vladimir Medinsky, esteve presente e aguardou por horas, mas os representantes ucranianos não compareceram.

A ausência ucraniana, especialmente após o presidente Volodymyr Zelenskyy ter estado na Turquia e pressionado por um diálogo direto com Vladimir Putin, lança uma sombra de incerteza sobre o futuro das negociações e do conflito, que se arrasta com severas derrotas  para Kiev.

A expectativa para as conversações em Istambul era palpável, marcando a primeira tentativa de diálogo direto em três anos, como reportado por diversas agências internacionais. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, esteve recentemente na Turquia e manteve conversas com o presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, em um esforço diplomático que parecia pavimentar o caminho para o encontro. Zelenskyy havia, inclusive, insistido na participação de Vladimir Putin, que optou por enviar uma delegação de negociadores, movimento que o líder ucraniano chegou a criticar anteriormente como sendo composta por figuras sem poder de decisão final, conforme noticiado pela Al Jazeera e BBC.

No entanto, no dia crucial, a delegação ucraniana simplesmente não apareceu. A equipe russa, chefiada por Vladimir Medinsky, figura central nas negociações de 2022, permaneceu em Istambul, mas o lado ucraniano não enviou sequer seus negociadores, conforme confirmado pelo portal Notícia Brasil. Esta ausência é particularmente desconcertante dado o cenário atual da guerra:

A Ucrânia enfrenta uma crescente pressão militar, com perdas territoriais significativas, dificuldades na reposição de suas forças e um notório esgotamento dos estoques de armamentos de seus aliados ocidentais. Logicamente, seria o lado ucraniano o mais interessado em buscar uma saída negociada para frear as perdas.

A comunidade internacional observa com apreensão. Diplomatas como o americano Marco Rubio, conforme a BBC, já expressavam ceticismo sobre avanços significativos sem um envolvimento direto dos líderes máximos, como Donald Trump e Vladimir Putin. A ausência ucraniana de hoje apenas reforça essa percepção de que um avanço concreto permanece distante. A Turquia, que se esforça para mediar o conflito, vê seus esforços diplomáticos encontrarem mais um obstáculo. Fontes do Ministério das Relações Exteriores turco, citadas pela RIA Novosti e Notícia Brasil, ainda mantêm a esperança de encontros trilaterais (Rússia-Turquia-Ucrânia e EUA-Turquia-Ucrânia) para amanhã, sexta-feira (16), mas o “não ato” de hoje complica significativamente o ambiente para qualquer diálogo produtivo.

Para a Rússia, a ausência ucraniana pode ser interpretada de diversas formas: desde uma profunda divisão interna no governo de Kiev sobre os rumos da negociação, uma tentativa de última hora de angariar mais apoio ou garantias ocidentais antes de se sentar à mesa, ou até mesmo um sinal de que a Ucrânia, apesar das dificuldades, ainda não se considera pronta para fazer as concessões necessárias para um acordo. A presença da delegação russa, por outro lado, permite a Moscou projetar uma imagem de disponibilidade para o diálogo, transferindo o ônus da falha nas negociações para Kiev.

Conclusão

O dia 15 de maio de 2025 entra para a história do conflito Rússia-Ucrânia como a data de uma oportunidade perdida, ou talvez de uma calculada manobra diplomática de consequências ainda imprevisíveis.

A ausência da Ucrânia nas negociações de Istambul, especialmente, considerando sua delicada posição militar e a pressão por resultados, é um movimento arriscado que pode tanto isolar ainda mais Kiev quanto sinalizar uma recalibração de sua estratégia de guerra e paz.

Enquanto a delegação russa pode retornar de Istambul sem ter com quem conversar, a guerra continu e, as perspectivas de uma solução pacífica tornam-se ainda mais sombrias e distantes. A comunidade internacional e, principalmente, o povo ucraniano, aguardam ansiosamente os próximos capítulos desta trágica saga, esperando que as portas para a diplomacia não se fechem por completo.

Imagem Destacada: Foto do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky : Créditos:  (The Canadian Press/AP pic)

Fontes:

https://www.dw.com/en/ukraine-updates-lower-level-talks-to-begin-in-istanbul/live-72561045

https://www.aljazeera.com/news/2025/5/15/ukraines-zelenskyy-sends-delegation-for-russia-talks-after-putin-no-show

https://www.bbc.com/news/articles/cdd29z6669rohttps://ria.ru/20250516/turtsiya-2017242078.html

https://noticiabrasil.net.br/20250515/delegacao-ucraniana-nao-chega-a-istambul-para-negociacoes-de-paz-com-a-russia-como-previsto-39539459.html

Marcos Gimenez

Marcos Gimenez Queiroz é Publicitário, Redator, Roteirista, Professor das Disciplinas RTV e Cinema, Professor Graduado em Letras Português e Espanhol pela PUC-SP e Diretor do GapingNews.com

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