Análise: EUA intensificam Guerra Comercial e Tecnológica Contra DeepSeeK da China

Tarifas globais e restrições à IA chinesa (DeepSeek) marcam radicalização da política “América First”

Medidas contra a DeepSeek e taxação de 10% a 50% sobre importações acirram tensões geopolíticas e ameaçam fragmentar economia global, segundo analistas

Falando Sério!

No segundo mandato de Donald Trump (2025-2029), os Estados Unidos aprofundaram políticas protecionistas com um “Tarifaço” global e ações agressivas contra a China no campo tecnológico. Além de impor taxas de até 50% sobre importações de 180 países e a China atè 245%, a Casa Branca planeja restringir o acesso à DeepSeek, empresa chinesa de IA que desafia a hegemonia norte-americana com custos operacionais dez vezes menores que os da OpenAI. As medidas, justificadas como “reciprocidade comercial” e “segurança nacional”, reacendem temores de uma guerra comercial generalizada e expõem fissuras no multilateralismo.

O Tarifaço e a Radicalização do “América First”

A política comercial de Trump atinge novo patamar em abril de 2025: tarifas de 10% a 50% são aplicadas a produtos de aliados históricos (como Brasil) e rivais (China), sob a alegação de equilibrar déficits e proteger indústrias domésticas. O plano, chamado de “Dia da Libertação”, visa taxar, US$ 1 trilhão em importações anuais, mas especialistas alertam para riscos de inflação, recessão e desorganização de cadeias produtivas globais.

Impacto imediato: Bolsas mundiais caíram até 10%, com perdas de US$ 6 trilhões em dois dias.

Alvo estratégico: A Ásia recebe as taxas mais altas (30%), refletindo a obsessão de Trump em conter a ascensão chinesa, responsável por 25% do mercado automotivo global.

A China no Centro do Conflito Tecnológico

A DeepSeek simboliza a disputa por supremacia em IA. Com custos diários de US$ 83 mil (vs. US$ 700 mil do ChatGPT), a empresa chinesa utiliza chips NVIDIA H800 contornando sanções, o que levou os EUA a cogitarem proibir seu acesso a tecnologia americana. Acusações de “ameaça à segurança nacional” e vínculos com o governo chinês justificam as restrições, mas críticos veem uma tentativa de frear inovações que desafiam a liderança ocidental.

Brasil: Entre Retaliações e Dilemas Diplomáticos

O Brasil, 7º país mais citado no relatório de barreiras comerciais dos EUA, enfrenta tarifas de 10% sobre exportações e pressões para reduzir taxas em setores como etanol (18%) e bebidas alcoólicas. A Lei da Reciprocidade, aprovada pelo Congresso brasileiro, autoriza retaliações, mas a dependência comercial limita ações: os EUA são o segundo maior parceiro do Brasil, com US$ 40,4 bilhões em exportações (2024).

Consequências Globais e Críticas

Guerra comercial multifront: UE, China e Canadá anunciaram tarifas retaliatórias. A OMC prevê redução de 1% no comércio global em 2025.

Fragilização de instituições: A paralisia da OMC e o unilateralismo dos EUA minam acordos multilaterais, incentivando realinhamentos como o aumento de parcerias China-América Latina.

Custo humano: Deportações em massa nos EUA e protestos contra políticas anti-imigração revelam o lado social do protecionismo.

Conclusão

A escalada protecionista de Trump em 2025, marcada por tarifas punitivas e uma caça às tecnologias chinesas, reflete uma estratégia de poder que privilegia confronto sobre cooperação. Enquanto a DeepSeek ilustra a capacidade de inação da China sob pressão, o “Tarifaço” global expõe vulnerabilidades de economias emergentes, como o Brasil, e riscos de uma nova ordem econômica fragmentada. Analistas comparam o momento à Grande Depressão dos anos 1930, alertando que a combinação de nacionalismo econômico e rivalidade tecnológica pode redefinir e restringir o comércio internacional nas próximas décadas.

Imagem Destacada: A DeepSeek abalou a indústria global de IA quando lançou um modelo de raciocínio de IA em janeiro que, segundo ela, foi treinado com chips menos avançados e era mais barato de desenvolver do que seu rival ocidental/Criador: Free Malaysia Today/Crédito: Free Malaysia Today

https://www.freemalaysiatoday.com/category/business/2025/03/25/deepseek-narrows-china-us-ai-gap-to-3-months-says-01-ai-founder

Fontes: