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De tarifas a tweets, a estratégia de Trump para dominar a mídia e desestabilizar adversários transformou a política em um espetáculo de poder e pressão

 

Desde que assumiu a presidência dos EUA, Donald Trump adotou uma estratégia de marketing político agressiva e inovadora, usando ações contundentes e narrativas polarizantes para dominar a mídia e silenciar a oposição. De decretos surpresa que impuseram tarifas a países parceiros até confrontos públicos com líderes internacionais, como o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, Trump transformou a política em um espetáculo de poder, onde a constante mudança de foco e a pressão psicológica se tornaram armas eficazes para desestabilizar adversários e manter o controle da narrativa.

O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa em uma sessão conjunta do Congresso no Capitólio, em Washington, na terça-feira, 4 de março de 2025. (Foto da AP)

A presidência de Donald Trump foi marcada por uma abordagem única de marketing político, que combinava ações surpreendentes, declarações polêmicas e uma comunicação direta com o público, muitas vezes contornando a mídia tradicional. Uma das táticas mais notáveis foi o uso de decretos executivos para impor tarifas e sanções a países importantes, como China, Canadá e membros da União Europeia. Essas medidas, muitas vezes seguidas de flexibilizações, criaram um ciclo de tensão e alívio que mantinha a mídia e a oposição em constante estado de reação, sem espaço para contra-ataques estratégicos.

No campo das relações internacionais, o presiddeente americano aplicou a mesma estratégia de pressão e confronto. Em represália às declarações do líder ucraniano que acusara Donald Trump de desinformado, sobre as intenções da Rússia,  o mandaatário americano rotulou Zelenskyy de “ditador” e afirmou que ele era culpado pela guerra na Ucrânia, isentando, dessa maneira, Vladimir Putin.

Chocou o mundo o episódio mais emblemático com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, em 28 de fevereiro, no Salão Oval, na Casa Branca. Amplamente divulgado pela mídia que cobria a assinatura de um acordo de exploração de minerais de terras raras na Ucrânia por empresas americanas, expôs a vulnerabilidade da Ucrânia e a disposição de Trump de usar aliados como peões em seu jogo político interno.

O vice-presidente dos EUA, JD Vance (à direita), fala com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky (à esquerda), enquanto o presidente Donald Trump ouve no Salão Oval da Casa Branca na sexta-feira. (Foto da AP)

Na ocasião, Trump, acompanhado do vice-presidente J. D. Vance, confrontou Zelenskyy de forma tão intensa que o presidente ucraniano foi convidado a se retirar ou, segundo algumas interpretações, foi expulso da Casa Branca. O episódio transmitido ao vivo e assistido por milhares de pessoas teve grande repercussão e reações de países da União Europeia. Imediatamente após o incidente com Trump, na Casa Branca, convocaram uma reunião de emergência para tratar da guerra da Ucrânia e dar apoio incondicional a Zelenskyy.

O presidente americano, na sequência dos acontecimentos retirou temporariamente o apoio financeiro, militar e de informações de inteligência das forças armadas ucranianas, mesmo em meio a uma guerra em andamento contra a poderosa Rússia. Essa abordagem agressiva não apenas desestabilizou a Ucrânia, como também, reforçou a imagem de Trump, um líder disposto a desafiar normas e aliados para alcançar seus objetivos.

No cenário doméstico, a estratégia de Trump foi igualmente eficaz. Ao bombear a mídia com ações e declarações polêmicas a todo momento, ele emudeceu a oposição democrata, que ficou constantemente reagindo em vez de agir. A falta de um foco claro e a necessidade de responder a múltiplas crises elaboradas por Trump, a oposição teve dificuldades de construir uma narrativa coesa.

Conclusão

O marketing político de Donald Trump redefiniu a forma como o poder é exercido e comunicado. Sua capacidade de dominar a narrativa, pressionar aliados e desestabilizar a oposição através de ações contundentes e imprevisíveis mostrou-se altamente eficaz, embora controversa. No entanto, essa abordagem também levantou questões éticas sobre o uso do poder e o impacto de táticas agressivas na diplomacia e na democracia.

Enquanto Trump pode ter silenciado a oposição e controlado a mídia, o legado de sua estratégia permanece um debate aberto sobre os limites do marketing político e o preço da polarização.

O que você tem a dizer sobre as ações de Trump? Deixe seus comentários abaixo. Compartilhe esta matéria, Divulgue!

Imgem Destacada: O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursando na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) em 22 de fevereiro de 2025, no Gaylord National Resort & Convention Center em National Harbor, Maryland. Créditos: Gage Skidmore de Surprise, AZ, Estados Unidos da América

Marcos Gimenez

Marcos Gimenez Queiroz é Publicitário, Redator, Roteirista, Professor das Disciplinas RTV e Cinema, Professor Graduado em Letras Português e Espanhol pela PUC-SP e Diretor do GapingNews.com

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