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Primeiro-ministro indiano concede “liberdade operacional total” às Forças Armadas; Paquistão nega envolvimento e alerta para risco de escalada regional

 

Falando sério!

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, autorizou nesta terça-feira (29/04) que o Exército decida “o modo, os alvos e o momento” de uma resposta armada ao ataque terrorista que matou 26 pessoas em Pahalgam, na Caxemira. Em reunião com cúpula de segurança, Modi prometeu “um golpe esmagador no terrorismo”, acusando o Paquistão de apoiar grupos extremistas. Islamabad rejeitou as alegações e pediu investigação internacional, enquanto a região vive operações antiterroristas em larga escala.

O ataque e a resposta imediata de Nova Déli

O massacre ocorreu em 22 de abril, quando militantes ligados à Frente de Resistência (associada ao grupo paquistanês Lashkar-e-Taiba) atacaram turistas em um local turístico no sul da Caxemira. Modi, em discurso inflamado, jurou “perseguir os culpados até os confins da Terra” e ordenou medidas drásticas: suspensão do Tratado das Águas do Indo (1960), expulsão de diplomatas paquistaneses e fechamento da fronteira terrestre. Operações conjuntas do Exército e da polícia local já resultaram em buscas em áreas florestais de Pulwama, região símbolo do ataque de 2019 que deixou 40 mortos.

Estratégia militar e tensão histórica

A autorização para “liberdade operacional total” evoca a resposta indiana ao ataque de Pulwama, quando aviões atingiram supostos campos terroristas em Balakot, território paquistanês, em 2019. Agora, fontes de segurança citadas pela NDTV indicam que a Índia mira bases do Lashkar-e-Taiba em Muzaffarabad (Caxemira administrada pelo Paquistão). O governo paquistanês, porém, alega que a acusação é “infundada” e acusa Modi de usar o ataque para “distrair de crises domésticas”.

Medidas de segurança e impacto humanitário

Além das operações militares, 48 parques públicos na Caxemira foram fechados, e turistas estão sendo evacuados. A região, já sob tensão permanente desde a revogação de seu estatuto autônomo pela Índia em 2019, enfrenta toques de recolher e restrições de comunicação. Organizações locais denunciam “militarização excessiva”, enquanto analistas alertam para risco de confrontos diretos entre os dois países nucleares.

Reações internacionais e dilema geopolítico

A comunidade internacional teme uma escalada: a China, aliada do Paquistão, pediu “moderação”, e os EUA ofereceram mediação. No entanto, Modi busca consolidar uma imagem de “líder forte” às vésperas das eleições locais, enquanto o Paquistão, em crise econômica, depende do apoio chinês para evitar isolamento. Para o analista Rajesh Basrur, “a retórica belicista serve a ambos os lados, mas o custo humano na Caxemira é ignorado”.

Conclusão

O ataque em Pahalgam reacendeu um conflito que atravessa sete décadas, colocando Índia e Paquistão em rota de colisão. Enquanto Modi instrumentaliza a tragédia para reforçar sua agenda de segurança, a população da Caxemira paga o preço da militarização e da instabilidade. A ausência de diálogo bilateral e a dependência de gestos simbólicos (como a suspensão de tratados) sugerem que a paz permanece distante. Como resume um morador de Srinagar: “Somos reféns de uma guerra que não escolhemos”.

Imagem Destacada: Primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, durante as negociações russo-indianas com o presidente russo, Vladimir Putin, em 6 de dezembro de 2021, durante conversações com Vladimir Putin/ Créditos: Gabinete Executivo Presidencial da Rússia/Wikimedia

Fontes:

https://www.rt.com/india/616514-modi-authorize-military-response-pakistan/

https://www.dw.com/hi/todays-news-april-29-tuesday-breaking-news-live/live-72382202

Marcos Gimenez

Marcos Gimenez Queiroz é Publicitário, Redator, Roteirista, Professor das Disciplinas RTV e Cinema, Professor Graduado em Letras Português e Espanhol pela PUC-SP e Diretor do GapingNews.com

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