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EUA e Rússia Avançam em Diálogos Bilaterais, mas Exclusão da Ucrânia e da Europa Alimenta Tensões Globais

 

Em meio a esforços diplomáticos intensos, as negociações para encerrar o conflito na Ucrânia seguem sem consenso, expondo divergências profundas entre Rússia, Estados Unidos, Ucrânia e aliados europeus. Enquanto Washington e Moscou aceleram reuniões bilaterais, incluindo telefonemas e encontros de enviados como Steve Witkoff, a ausência de Kiev e de líderes europeus nas tratativas gera críticas e incertezas sobre o futuro da segurança continental. A pressão americana por concessões territoriais ucranianas, a insistência russa em reconhecimento de anexações e a resistência de Volodymyr Zelenskyy a ceder terrenos mantêm o cenário em equilíbrio frágil, com riscos de escalada militar e divisões no Ocidente.

As iniciativas de paz ganharam novo fôlego após a reunião de Riad, em fevereiro de 2025, quando EUA e Rússia concordaram em formar equipes de alto nível para negociar uma solução duradoura. Desde então, o enviado americano Steve Witkoff realizou três encontros com Vladimir Putin em dois meses, discutindo propostas como um cessar-fogo imediato de 30 dias e garantias de segurança para Moscou em troca da suspensão de avanços militares. Fontes próximas às tratativas revelam que a administração Trump condicionou a retomada de ajuda militar à Ucrânia à aceitação de um acordo temporário, medida que provocou atritos públicos entre Zelensky e Washington, incluindo a suspensão temporária de entregas de armamentos.

A Rússia, por sua vez, mantém suas demandas inegociáveis: neutralidade ucraniana, veto à entrada na OTAN e reconhecimento internacional das regiões anexadas desde 2014, como Crimeia, Donetsk e Luhansk. O Kremlin aproveita as divisões políticas no Ocidente e os avanços militares no leste da Ucrânia para reforçar sua postura, rejeitando qualquer participação europeia direta nas negociações. Enquanto isso, a Ucrânia insiste na retirada total das tropas russas para as fronteiras pré-conflito e exige assento obrigatório em todas as discussões, argumentando que acordos sem sua presença legitimariam ocupações ilegais.

O cenário é complicado pela fragmentação no bloco ocidental. Enquanto Donald Trump prioriza acordos bilaterais com Moscou, líderes europeus, excluídos dos diálogos recentes, alertam para riscos à segurança continental. A França e o Reino Unido discutem a expansão de seus escudos nucleares para proteger aliados, sinalizando desconfiança na capacidade da OTAN de dissuadir ameaças russas. Paralelamente, a Arábia Saudita e a Turquia emergem como mediadores informais, buscando ampliar sua influência geopolítica, embora sem garantir representatividade plena às partes diretamente afetadas.

A corrida contra o tempo agrava as tensões. Relatórios de inteligência indicam que a Rússia prepara uma nova ofensiva para o segundo semestre de 2025, enquanto a Ucrânia enfrenta escassez crítica de equipamentos militares. Zelenskyy, pressionado internamente a não ceder territórios, admite em discursos recentes que “o preço da paz não pode ser a rendição”, mesmo diante do risco de colapso nas linhas de frente.

Conclusão

O caminho para a paz na Ucrânia permanece incerto, com diplomatas alertando para a possibilidade de um cessar-fogo temporário, mas sem avanços concretos sobre questões estruturais, como status territorial e garantias de segurança. Enquanto EUA e Rússia negociam em mesas fechadas, a Europa tenta evitar seu próprio isolamento, e Zelenskyy luta para manter sua soberania na voz das tratativas. Neste tabuleiro geopolítico, a falta de transparência, as concessões forçadas e a desconfiança mútua sugerem que qualquer solução durável exigirá não apenas diplomacia, mas uma redefinição de alianças e prioridades globais, um desafio que, por ora, parece distante de ser superado.

Imagem Destacada: Vladimir Putin e Donald Trump se encontram na Cúpula do G-20 em Hamburgo em 7 de julho de 2017.
Créditos: http://kremlin.ru/events/president/news/55006/photos Kremlin.ru

Fotes:

https://www.reuters.com/world/trump-envoys-embrace-russian-demands-worries-republicans-us-allies-2025-04-11/

https://pt.euronews.com/my-europe/2025/04/11/enviado-dos-eua-steve-witkoff-tem-nova-reuniao-com-putin-na-russia-para-discutir-cessar-fo

https://noticiabrasil.net.br/20250411/o-caminho-mais-curto-para-a-paz-na-ucrania-e-reconhecer-as-novas-regioes-russas-diz-witkoff-a-trump-39154242.html

https://iz.ru/1869488/ekaterina-khamova/po-piterskomu-schetu-zachem-uitkoff-v-tretij-raz-za-dva-mesyaca-priletel-v-rossiyu

https://tass.com/world/1942609

Marcos Gimenez

Marcos Gimenez Queiroz é Publicitário, Redator, Roteirista, Professor das Disciplinas RTV e Cinema, Professor Graduado em Letras Português e Espanhol pela PUC-SP e Diretor do GapingNews.com

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