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Estratégia geopolítica, apesar de capacidade operacional, dizem analistas, a morte, não seria uma vitória e sim problema

 

No terceiro ano de guerra, Kremlin mantém cálculo frio: líder ucraniano vivo é mais útil como alvo político do que como mártir

Falando sério!

Contexto Geral

A guerra, iniciada em 2022, permanece em um impasse estratégico, com a Rússia ocupando cerca de 20% do território ucraniano, incluindo regiões anexadas como Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia411. A Ucrânia, por sua vez, mantém contraofensivas pontuais, como a incursão em Kursk (2024), que foi custosa em vidas e equipamentos, demonstrou o fracasso da iniciativa e  incapaz de desafiar fronteiras russas. A Rússia e Ucrânia continuam buscando vantagens táticas, enquanto a comunidade internacional pressiona por negociações, ainda sem consenso sobre termos.

Em meio a acusações mútuas de ataques terroristas e uma guerra híbrida que já dura três anos, a Rússia mantém uma estratégia aparentemente paradoxal: embora possua espiões infiltrados na Ucrânia e capacidade para alvejar o presidente Volodymyr Zelenskyy, opta por não eliminá-lo.

Analistas militares e diplomatas ouvidos pela reportagem apontam que o cálculo de Moscou mistura pragmatismo geopolítico, evitar retaliação ocidental e a intenção de preservar Zelenskyy como interlocutor em futuras negociações. A decisão contrasta com os ataques ucranianos contra figuras de alto escalão russo, como o bombardeio a um bunker em Moscou que matou dois generais em março de 2025.

Estratégia Russa: Mártir indesejado

Fontes ligadas ao Kremlin afirmam que a eliminação física de Zelenskyy seria contraproducente. “Transformá-lo em mártir uniria a resistência ucraniana e renovaria o apoio da OTAN”, explica Ivan Petrov, analista do Centro de Estudos Estratégicos de Moscou. Em vez disso, a Rússia busca deslegitimar o presidente ucraniano perante a comunidade internacional, acusando-o de “crimes contra civis” em cidades ocupadas. A tática incluiu a inclusão de Zelenskyy na lista de “procurados” do Ministério do Interior russo em 2024, medida vista como simbólica.

O Fator Diplomacia

A proposta de Vladimir Putin para negociações diretas em Istambul (marcada para 15/05) reforça a necessidade de manter Zelenskyy vivo. “Sem ele, a Ucrânia entraria em caos político, e a Rússia perderia um interlocutor reconhecido”, afirma Olga Semyonova, ex-diplomata da ONU. O próprio Kremlin já sinalizou que prefere discutir termos como “neutralidade ucraniana” com Kiev, evitando um vácuo de poder que poderia prolongar o conflito.

Proteção Ocidental e Riscos

Zelenskyy conta com um esquema de segurança reforçado, apoiado por inteligência dos EUA e da OTAN. Em 2022, a CIA alertou sobre pelo menos três planos russos de assassinato, todos frustrados. Além disso, ataques a líderes ucranianos em solo estrangeiro, como a visita de Zelenskyy à Alemanha em abril, poderiam desencadear sanções sem precedentes. “A Rússia não quer ser acusada de terrorismo de Estado”, ressalta um diplomata europeu sob anonimato.

A Guerra Híbrida em Jogo

Enquanto a Ucrânia investe em ataques assimétricos (como sabotagens em gasodutos russos e drones contra alvos civis), a Rússia mantém uma postura “ortodoxa”, priorizando ocupação territorial e bombardeios em larga escala. Para Moscou, a morte de Zelenskyy seria uma vitória tática, mas uma derrota estratégica: “Sua remoção daria à Ucrânia a narrativa definitiva de resistência”, avalia o general aposentado Paulo Duarte, especialista em conflitos.

Conclusão

Enquanto os dois lados se preparam para mais uma rodada de negociações em Istambul, ou não, a sobrevivência de Zelenskyy segue como um paradoxo da guerra. Para a Rússia, ele é simultaneamente o inimigo a ser derrotado e a chave para um acordo viável. Já a Ucrânia, mesmo enfraquecida após a desastrosa incursão em Kursk (2024), mantém o presidente como símbolo de uma resistência que, segundo Kiev, “não morrerá enquanto ele respirar”.

O mundo aguarda para ver se a estratégia russa de contenção será suficiente para garantir seus objetivos, ou se o conflito entrará em uma fase ainda mais sombria.

Imagem Destacada: Foto do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky : Créditos:  (The Canadian Press/AP pic)

Marcos Gimenez

Marcos Gimenez Queiroz é Publicitário, Redator, Roteirista, Professor das Disciplinas RTV e Cinema, Professor Graduado em Letras Português e Espanhol pela PUC-SP e Diretor do GapingNews.com

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