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Trump acusa Zelensky de obstruir acordo de paz e intensifica pressão por cessão territorial à Rússia

 

Divergências sobre anexação da Crimeia e garantias de segurança marcam impasse, enquanto aliados europeus defendem posição ucraniana

 

Falando Sério!

Em meio a negociações críticas para encerrar a guerra na Ucrânia, o presidente dos EUA, Donald Trump, acusou publicamente o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, de prejudicar o processo de paz ao rejeitar a cessão da Crimeia à Rússia. Enquanto Trump afirma que um acordo está “muito próximo” com Moscou, as declarações de Zelensky de que “não há nada para discutir” sobre territórios ocupados tensionam a relação bilateral e revelam fissuras na estratégia ocidental. As críticas ocorrem após conversações em Londres, nesta semana, que terminaram sem avanços concretos, destacando o isolamento de Kiev frente à pressão americana por concessões.

A Estratégia de Trump: Pressão por Concessões e Críticas a Zelensky

Trump defende que a Ucrânia deve aceitar a perda da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, como parte de um acordo de paz. Em publicação na rede Truth Social, ele classificou as declarações de Zelensky como “inflamadas” e “prejudiciais”, sugerindo que o líder ucraniano “pode ter paz ou lutar por mais três anos antes de perder o país inteiro”. O vice-presidente JD Vance reforçou a postura, afirmando que os EUA “abandonarão o processo” se ucranianos e russos não aceitarem a proposta de divisão territorial.

A pressão americana inclui condicionar ajuda militar à participação de Kiev em negociações e vincular acordos econômicos ao acesso a minerais estratégicos ucranianos, como terras raras, ponto criticado por Zelensky como uma tentativa de “vender o país”.

A Resistência Ucraniana e o Papel da Europa

Zelensky mantém a posição de que nenhum território será cedido e exige garantias de segurança contra futuras agressões russas. Em entrevista, ele afirmou estar disposto a dialogar diretamente com Vladimir Putin, mas com mediação europeia, e destacou que sanções contra a Rússia não devem ser relaxadas. A UE, por sua vez, apoia Kiev: a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu “garantias sólidas” para dissuadir a Rússia, enquanto França e Reino Unido propuseram uma força de paz na região, rejeitada pelo Kremlin.

Negociações em Londres e a Ausência de Rubio

As conversas em Londres, que incluíram EUA, Ucrânia, Reino Unido, França e Alemanha, foram marcadas pela ausência do secretário de Estado Marco Rubio, substituído por diplomatas de nível inferior. Fontes indicam que o cancelamento reflete a falta de avanços e a frustração de Trump com Zelensky. Apesar disso, o enviado americano Keith Kellogg descreveu as discussões como “positivas”, ressaltando a necessidade de “parar a matança”, contradizendo o tom beligerante de Trump.

O Jogo Duplo de Washington

Enquanto Trump negocia diretamente com a Rússia, como nas reuniões em Arábia Saudita e em solo russo, sua administração enfrenta críticas por marginalizar a Ucrânia. O plano do enviado Kellogg, que inclui congelar linhas de frente e adiar a entrada da Ucrânia na OTAN, é visto como uma concessão às demandas de Putin. Paralelamente, a Casa Branca tenta equilibrar retórica bélica e pragmatismo: Rubio afirmou que os EUA “não fornecerão ajuda militar à Rússia”, mas sinalizou aberturas para retomar apoio a Kiev sob condições.

Conclusão

O impasse geopolítico reflete a divergência entre a visão transacional de Trump, focada em “economizar recursos”, obtendo ganhos materiais e, a postura ucraniana e europeia, que priorizam integridade territorial e segurança coletiva. A pressão por concessões territoriais, sem garantias contra futuras invasões, coloca Zelensky em uma posição frágil, enquanto a Rússia consolida ganhos no terreno. Se as negociações fracassarem, a escalada militar pode se intensificar, aprofundando a crise humanitária e redefinindo alianças globais. Como afirmou Kellogg: “É hora de avançar com a diretriz de Trump: parar a matança e colocar a América em primeiro lugar”, mesmo que isso signifique dividir a Ucrânia.

Imagem Destacada: Foto extraída do vídeo do encontro, na Casa Branca – USA, entre os presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e dos Estados Unidos, Donald Trump, em 28 de fevereiro de 2025.

Fontes:

https://www.euronews.com/my-europe/2025/04/23/trump-says-zelenskyy-prolonging-ukraine-war-by-refusing-to-cede-territory-to-russia

https://www.theguardian.com/world/2025/apr/23/vance-says-us-will-walk-away-unless-ukraine-and-russia-accept-peace-deal

https://www.bbc.com/news/articles/c78jx68d922o

https://www.reuters.com/world/europe/ukraine-western-countries-meet-russia-war-diplomats-say-breakthrough-unlikely-2025-04-23/

https://www.reuters.com/world/europe/ukraine-western-countries-meet-russia-war-diplomats-say-breakthrough-unlikely-2025-04-23/

https://www.aljazeera.com/news/2025/4/23/trump-slams-zelenskyys-crimea-position-as-uk-hosts-ukraine-talks

Marcos Gimenez

Marcos Gimenez Queiroz é Publicitário, Redator, Roteirista, Professor das Disciplinas RTV e Cinema, Professor Graduado em Letras Português e Espanhol pela PUC-SP e Diretor do GapingNews.com

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