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Nomeação de Marco Rubio como conselheiro interino expõe tensões internas e riscos de sobrecarga em meio a crises no Iêmen e Ucrânia

 

Demissão de Waltz é primeira baixa relevante do segundo mandato

 

Falando Sério! 

O presidente dos EUA, Donald Trump, destituiu Mike Waltz do cargo de conselheiro de Segurança Nacional nesta quinta-feira (01/05), após um escândalo envolvendo vazamento de infrmações: planos militares via aplicativo Signal. Waltz, criticado por “imprudência” e falta de sintonia com a agenda presidencial, foi nomeado embaixador na ONU, enquanto o secretário de Estado, Marco Rubio, assume interinamente o posto, acumulando duas funções estratégicas em meio a desafios geopolíticos globais.

O “Signalgate” e a queda de Waltz

O episódio que precipitou a saída de Waltz ocorreu em março, quando ele adicionou por engano o editor-chefe da The Atlantic, Jeffrey Goldberg, a um grupo no Signal onde autoridades discutiam ataques aéreos contra os Houthis no Iêmen. Mensagens detalhavam horários de decolagem de aviões e alvos, violando protocolos de segurança. A exposição gerou acusações de violação da Lei de Espionagem de 1917 e pressionou Trump a agir, apesar de inicialmente defender Waltz.

A ascensão de Marco Rubio e os riscos do acúmulo

Rubio, já encarregado do Departamento de Estado e de funções adicionais na USAID, agora liderará temporariamente o Conselho de Segurança Nacional. Analistas apontam que a dupla função, embora tenha precedente na era Kissinger (1973-1975), sobrecarrega um único líder em um momento crítico:

Crises simultâneas: Conflitos na Ucrânia e Gaza, avanço nuclear iraniano e tensões comerciais globais exigem atenção fragmentada.

Falta de expertise: Rubio, com histórico legislativo focado em imigração e comércio, carece de experiência direta em coordenação militar multinacional.

Reconfiguração da política externa trumpista

A saída de Waltz reflete um ajuste na equipe de Trump para alinhar-se a sua visão “America First”:

Substituição por lealdade: Waltz, considerado “belicista” e ineficaz na mediação entre agências, perdeu espaço para figuras como Steve Witkoff, enviado especial com laços próximos a Trump e foco em negociações diretas (ex.: Rússia-Ucrânia).

Pressão da base radical: Ativistas como Laura Loomer celebraram a demissão, classificando-a como “expurgo” de elementos não alinhados à agenda MAGA.

Impactos geopolíticos imediatos

ONU em xeque: A nomeação de Waltz, que enfrentará audiências duras no Senado, pode enfraquecer a posição dos EUA no organismo multilateral, já criticado por Trump como “inútil”.

Iêmen e Oriente Médio: O vazamento no Signal revelou a estratégia agressiva contra os Houthis, aliados do Irã, sinalizando continuidade de pressão militar sem diálogo.

Relação com aliados: A instabilidade na equipe de segurança alimenta desconfiança entre parceiros como OTAN, especialmente com a Ucrânia dependente de apoio ocidental.

O legado de Waltz e o futuro do cargo

Waltz, um ex-Boina Verde elogiado por Trump como “defensor da paz pela força”, deixa um legado ambíguo:

Aviação no Iêmen: Coordenou ataques que reduziram temporariamente a capacidade dos Houthis, mas sem resultados estratégicos duradouros.

Falta de coerência: Críticos o acusam de não integrar ações militares à diplomacia, exacerbando tensões com o Irã.

Conclusão

A troca na cúpula de segurança nacional de Trump reflete mais do que um mero escândalo tecnológico: é um sintoma da priorização da lealdade sobre a expertise e da volatilidade inerente a um governo que opera em modo de campanha permanente. Enquanto Rubio navega entre múltiplas crises, a nomeação de Waltz para a ONU simboliza uma tentativa de transformar falhas em oportunidades, ainda que arriscadas. Para aliados e adversários, a mensagem é clara: a Casa Branca de 2025 permanece um campo de batalha ideológico, onde a próxima demissão é apenas uma manchete de espera.

Imagem Destacada: Ex-Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Mike Waltz/ Crédito: Gage Skidmore

Fontes:

https://www.politico.com/news/2025/05/01/mike-waltz-un-ambassador-trump-00322007

https://www.rt.com/news/616643-trump-confirms-waltzs-departure/

https://www.bbc.com/news/articles/cx20zw32lpgo

Marcos Gimenez

Marcos Gimenez Queiroz é Publicitário, Redator, Roteirista, Professor das Disciplinas RTV e Cinema, Professor Graduado em Letras Português e Espanhol pela PUC-SP e Diretor do GapingNews.com

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