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A cúpula do BRICS será realizada em Kazan, Rússia, entre os dias 22 e 24 de outubro de 2024.

 

Além dos líderes dos países do grupo, foram convidados para a reunião representantes da Ásia, África, Oriente Médio e América Latina. Eles participarão da cúpula no formato BRICS+, em Kazan, Rússia, entre os dias 22 e 24 de outubro de 2024.

No início eram Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, que com o acróstico surgiu o BRICS. Em 24 de Agosto de 2023, na África do Sul, foram convidados Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Etiópia e a Argentina, porém o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, declinou do convite. A contar de janeiro de 2024 são 10 países no grupo. Em setembro, de 2024, o presidente russo Vladimir Putin informou que 34 países já haviam anunciado seu compromisso de juntarem-se ao BRICS, entre eles a Turquia.

Com a inclusão de novos países, o BRICS+ está se preparando para tornar-se um dos blocos econômicos mais influentes do mundo. A entrada da Turquia que busca diversificar seus laços econômicos, pode trazer impactos significativos para o cenário global, incluindo a economia brasileira.

A possível adesão de Ancara ao BRICS+ a partir do próximo ano marca um momento crucial para o bloco econômico. Com novos membros, o grupo  possivelmente alcançará 40% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, aumentando sua influência global.

Foto da cidade de Kazan, Rússia. Panorama da rua Baturin e do rio Kazanka, em 11 de junho de 2016 – Créditos: Autor – Oleg73rus.

Para o Brasil, a expansão do BRICS+ possibilitará diversos benefícios econômicos. A cooperação entre os países membros pode resultar em mais investimentos, parcerias comerciais e intercâmbios tecnológicos. A entrada da Turquia, com sua economia emergente, deve atrair investimentos em infraestrutura, energia e tecnologia, além de aumentar as exportações brasileiras, beneficiando setores como agronegócio e manufatura.

No entanto, o desejo do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan de aderir o país ao BRICS+ pode gerar tensões com seus aliados tradicionais, como a OTAN e a União Europeia. Ancara tem uma relação complexa com esses blocos e sua entrada no BRICS+ é capaz de ser vista como tentativa de reduzir sua dependência das alianças ocidentais, provocando uma reavaliação das relações diplomáticas e econômicas entre Erdoğan e esses países.

Conclusão

A expansão do BRICS+ e a possível entrada de Ancara representam uma nova configuração geopolítica e econômica. Para o Brasil, essa mudança pode trazer oportunidades de desenvolvimento econômico, criação de empregos e avanços tecnológicos. No entanto, as reações dos aliados tradicionais da Turquia procurarão alterar a dinâmica global e o futuro das relações internacionais.

O BRICS+ está se consolidando como um bloco de crescente importância e, as decisões tomadas agora, podem quebrar paradigmas trazendo um novo panorama político-econômico das próximas décadas.

Imagem Destacada: – Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião com o Presidente da República da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, no Bharat Mandapam, em 09.09.2023. Nova Delhi – Índia.

Marcos Gimenez

Marcos Gimenez Queiroz é Publicitário, Redator, Roteirista, Professor das Disciplinas RTV e Cinema, Professor Graduado em Letras Português e Espanhol pela PUC-SP e Diretor do GapingNews.com

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