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Sem o apoio dos EUA, que bancam por volta de 85% dos custos da guerra, a Ucrânia pode não resistir por muito tempo

 

Aliados europeus, embora solidários, não têm força para substituir os americanos

 

O que deveria ser um encontro de alinhamento e reforço de laços entre os Estados Unidos e a Ucrânia transformou-se em um capítulo tenso e público de desentendimentos. Durante a reunião na Casa Branca, o ex-presidente americano Donald Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, trocaram críticas duras, expondo ao mundo as rachaduras em uma relação que já foi de forte cooperação, no governo Biden. Com o apoio dos EUA – responsável por mais de 84% do financiamento da guerra – agora em xeque, a Ucrânia enfrenta um futuro incerto em sua resistência contra a Rússia.

Leia abaixo a reportagem da reunião de negociações, que azedou, na Casa Branca

Discussão Acalorada no Salão Oval: Trump e Zelensky Trocam Farpas e Acordo de Minérios é Cancelado – Vídeo

As negociações na Casa Branca, que reuniu Trump, Zelensky e o vice-presidente americano Vance, começou com a expectativa de fortalecer a parceria entre os dois países. No entanto, o clima rapidamente azedou. Recentemente, Zelensky, em um momento de ira, criticou a aproximação de Trump com o presidente russo, Vladimir Putin, afirmando que o líder americano estava “mal informado” sobre a guerra e as reais intenções de Moscou. A resposta de Trump foi contundente: ele chamou Zelensky de “ditador” e o acusou de ser responsável pelo conflito.

O desentendimento já havia se iniciado nas eleições de 2024, pelo apoio público de Zelensky à candidatura de Kamala Harris à presidência dos EUA, um movimento interpretado como uma afronta por Trump e seus aliados. Vance, que participava das negociações, não conseguiu se conter cobrando, de maneira firme, que o presidente ucraniano agradecesse a Trump pelo esforço diplomático: a iniciativa de paz na Ucrânia. Porém, com as discussões se acalorando foi impossível evitar que o encontro terminasse em um clima de tensão e desconfiança mútua. O resultado foi um sinal claro de que o apoio dos EUA, no governo de Joe Biden, à Ucrânia, até então inabalável, pode estar com os dias contados.

A dependência vital da Ucrânia

Não é exagero dizer que a Ucrânia depende quase inteiramente dos Estados Unidos para continuar sua resistência contra a Rússia. Desde o início da invasão em larga escala em 2022, os EUA têm sido o principal fornecedor de armas, munições, inteligência e apoio logístico. Esse suporte representa cerca de 85% dos recursos que mantêm a Ucrânia de pé. Sem ele, a capacidade de Kiev de se defender e contra-atacar seria drasticamente reduzida, deixando o país à mercê do poderio militar russo.

Os limites da solidariedade europeia

Enquanto isso, os aliados europeus da Ucrânia, como Reino Unido, Alemanha e Polônia, têm feito o possível para ajudar. Eles enviaram armas, treinamento militar e apoio político, mas a realidade é que sua capacidade econômica e militar não se compara à dos EUA. A Europa enfrenta seus próprios desafios, como estoques militares limitados e divergências internas sobre o nível de apoio que deve ser dado a Kiev. Por mais que queiram ajudar, os europeus simplesmente não teriam condições de preencher o vácuo deixado pelos americanos.

Um futuro incerto

Com o apoio dos EUA em risco, o futuro da Ucrânia no conflito contra a Rússia parece sombrio. A Rússia, por outro lado, tem se preparado para uma guerra prolongada, consolidando uma economia de guerra e reforçando suas forças. Sem o fluxo constante de recursos dos EUA, a Ucrânia pode ver sua capacidade de resistência diminuir rapidamente, o que poderia levar a avanços russos em territórios-chave e, possivelmente, à queda de Kiev antes do final de 2025.

Conclusão:

O desentendimento entre Trump e Zelensky, na Casa Branca, não foi apenas um embate de egos; foi um sinal alarmante de que o suporte dos EUA à Ucrânia pode estar em risco. Com os americanos responsáveis por quase 85% do financiamento da guerra, a possível retirada de seu apoio deixaria a Ucrânia em uma posição extremamente vulnerável. Os aliados europeus, embora solidários, não têm força para substituir os EUA. Nesse cenário, a resistência ucraniana pode estar com os dias contados e, o conflito pode chegar a um desfecho antes do final de 2025.

A guerra na Ucrânia não é apenas uma disputa territorial; é um conflito que redefine a geopolítica global e testa os limites da solidariedade internacional. Se a Ucrânia cair, as consequências serão sentidas muito além de suas fronteiras, afetando a segurança europeia e a ordem mundial. Enquanto isso, milhões de ucranianos continuam lutando não apenas por seu país, mas por um futuro que parece cada vez mais incerto.

Imagem Destacada: Foto, com aplicação de contraste, extraída do vídeo do encontro, na Casa Branca – USA, entre os presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e dos Estados Unidos, Donald Trump, em 28 de fevereiro de 2025, com aplicação de contraste.

Marcos Gimenez

Marcos Gimenez Queiroz é Publicitário, Redator, Roteirista, Professor das Disciplinas RTV e Cinema, Professor Graduado em Letras Português e Espanhol pela PUC-SP e Diretor do GapingNews.com

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