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Oito soldados dos EUA feridos em ataque de drones; Irã é acusado

 

O Pentágono revelou que oito soldados dos EUA ficaram feridos em um ataque de drones em sua base no nordeste da Síria.

Inicialmente, os relatórios não mencionaram vítimas. Imagens compartilhadas online sugerem que um drone pode ter iniciado um incêndio na instalação em Rimelan, próxima à fronteira com a Turquia e o Iraque.

O Major-general da Força Aérea, Patrick Ryder, porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, informou que os soldados foram tratados por “lesão cerebral traumática” e inalação de fumaça, com três deles já retornando ao serviço. Ryder afirmou que os EUA acreditam que “forças apoiadas pelo Irã” realizaram o ataque, mas ainda estão investigando qual milícia específica está por trás do incidente.

Foto- Créditos: Ivan Hassib – Pixels.com

O Irã ainda não fez uma declaração oficial específica sobre o ataque de drones à base dos EUA em Rimelan, na Síria. No entanto, em situações semelhantes, o Irã geralmente nega o envolvimento.
Rimelan, também conhecida como Rmelan e Rumalyn, está localizada na província de Hasakah, na Síria. Desde o final de 2015, tropas dos EUA ocupam o aeroporto de Abu Hajar, utilizando a base para abastecer suas tropas e aliados curdos na luta contra o Estado Islâmico (EI).

O EI assumiu grandes porções da Síria e do Iraque em 2014. Enquanto Irã e Rússia apoiavam as tropas do governo sírio, os EUA enviaram tropas e recrutaram milícias curdas para reivindicar a parte oriental da Síria, rica em petróleo e terras agrícolas. Washington mantém cerca de 900 tropas na Síria, apesar das objeções de Damasco e em violação ao direito internacional, com a missão de “prevenir o ressurgimento” do EI. As milícias curdas, apoiadas pelos EUA, se recusam a se reintegrar à Síria.

Tensões EUA-Irã, com este incidente aumenta as tensões entre os dois países. Os EUA acusam forças apoiadas pelo Irã de estarem por trás do ataque, o que pode levar a uma escalada de retaliações e contra-retaliações.

O risco para a Estabilidade Regional é a presença contínua de tropas americanas na Síria e os ataques contra elas contribuem para a instabilidade na região. Isso pode dificultar os esforços para combater grupos extremistas como o Estado Islâmico (EI) e pode levar a mais conflitos entre diferentes facções e milícias.

Nesse processo de ocupação constante pelos Estados Unidos na Síria pode afetar as relações dos EUA com outros países envolvidos na Síria, como a Rússia e a Turquia. A Rússia apoia o governo sírio, enquanto a Turquia tem seus próprios interesses na região, especialmente em relação às milícias curdas.

A presença de tropas americanas na Síria é vista por muitos como uma violação do direito internacional, já que não foi autorizada pelo governo sírio. Isso pode levar a críticas internacionais e aumentar a pressão sobre os EUA para retirar suas tropas.

A região onde o ataque ocorreu é rica em petróleo. A instabilidade pode afetar a produção e o transporte de petróleo, o que tem implicações para a segurança energética global.

Foto- Créditos: Ivan Hassib – Pixels.com

A Posição da Rússia

A Rússia, aliada do governo sírio, geralmente condena a presença militar dos EUA na Síria e considera as operações americanas como ilegais e desestabilizadoras. Em relação a incidentes envolvendo drones, a Rússia tem historicamente criticado a presença de drones americanos na região, alegando que eles espionam suas atividades militares e representam uma ameaça legítima.

Além disso, a Rússia frequentemente destaca que suas ações na Síria são em apoio ao governo legítimo de Bashar al-Assad e em conformidade com o direito internacional, ao contrário da presença militar dos EUA, que não foi autorizada pelo governo sírio.

Foto Destacada-Créditos: Ivan Hassib 

Marcos Gimenez

Marcos Gimenez Queiroz é Publicitário, Redator, Roteirista, Professor das Disciplinas RTV e Cinema, Professor Graduado em Letras Português e Espanhol pela PUC-SP e Diretor do GapingNews.com

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