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O Telescópio Espacial James Webb da NASA, utilizando o instrumento MIRI, está desvendando detalhes inéditos das regiões mais distantes da Via Láctea.

 

O James Webb é o principal observatório de ciência espacial do mundo. Webb está resolvendo mistérios em nosso sistema solar, olhando além para mundos distantes ao redor de outras estrelas e sondando as misteriosas estruturas e origens do nosso universo e nosso lugar nele. Webb é um programa internacional liderado pela NASA com seus parceiros, ESA (Agência Espacial Europeia) e CSA (Agência Espacial Canadense).

Segundo a NASA, o MIRI foi desenvolvido por meio de uma parceria 50-50 entre a NASA e a ESA. O JPL liderou os esforços dos EUA para o MIRI, e um consórcio multinacional de institutos astronômicos europeus contribui para a ESA. George Rieke, da Universidade do Arizona, é o líder da equipe científica do MIRI. Gillian Wright é a principal pesquisadora europeia do MIRI.

O desenvolvimento do criocooler MIRI foi liderado e gerenciado pelo JPL, em colaboração com a Northrop Grumman em Redondo Beach, Califórnia, e o Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland, acrescenta o informativo do JPL.

Astrônomos da NASA direcionaram o Telescópio Espacial James Webb para explorar as regiões externas da Via Láctea, conhecidas como Galáxia Exterior Extrema, situadas a mais de 58.000 anos-luz do Centro Galáctico. Para efeito de comparação, a Terra está a aproximadamente 26.000 anos-luz do centro da galáxia.

Utilizando a NIRCam (Near-Infrared Camera) e o MIRI (Mid-Infrared Instrument) do Webb, os cientistas capturaram imagens detalhadas de duas nuvens moleculares, Digel Clouds 1 e 2. Graças à alta sensibilidade e resolução do Webb, foi possível observar essas áreas, que abrigam aglomerados estelares em intensa formação, com excelente precisão. Os dados revelaram componentes dos aglomerados, como protoestrelas muito jovens (Classe 0), fluxos e jatos, além de estruturas nebulares distintas.

Essas observações, realizadas durante o tempo de telescópio alocado a Mike Ressler, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, estão permitindo que os cientistas estudem a formação de estrelas na Via Láctea externa com a mesma profundidade de detalhes que as observações feitas em nossa vizinhança solar.

O Webb da NASA revelou jatos de material ejetados por estrelas recém-formadas na Via Láctea externa. As setas brancas nesta imagem anotada se alinham com os jatos. A imagem também fornece uma escala de distância para o aglomerado de estrelas (canto inferior esquerdo) e setas indicando a direção no céu (canto inferior direito). Crédito: NASA, ESA, CSA, STScI, M. Ressler (JPL)

“No passado, sabíamos sobre essas regiões de formação de estrelas, mas não conseguíamos nos aprofundar em suas propriedades”, afirmou Natsuko Izumi, da Universidade Gifu e do Observatório Astronômico Nacional do Japão, autora principal do estudo. “Os dados do Webb se baseiam no que coletamos incrementalmente ao longo dos anos a partir de observações anteriores com diferentes telescópios e observatórios.”

As regiões externas da Via Láctea, como as observadas pelo Telescópio Espacial James Webb, oferecem uma riqueza de informações que podem expandir nosso entendimento sobre a galáxia. Alguns aspectos que os cientistas  podem pesquisar:

Formação Estelar
Podemos estudar como as estrelas se formam em ambientes diferentes dos encontrados nas regiões internas da galáxia. Isso inclui a observação de protoestrelas e os processos que levam ao nascimento de novas estrelas.

Composição Química
As regiões externas podem ter uma composição química diferente, o que nos ajuda a entender a evolução química da Via Láctea ao longo do tempo.

Distribuição de Matéria Escura
Observações detalhadas dessas áreas podem fornecer pistas sobre a distribuição de matéria escura na galáxia, já que a matéria escura influencia a formação e o movimento das estrelas.

Uma composição do Stephan’s Quintet – agrupamento visual de cinco galáxias, construído a partir de quase 1.000 arquivos de imagens separadas do Telescópio Espacial James Webb. Os astrofísicos da UCLA acreditam que, se as teorias da matéria escura fria estiverem corretas, o telescópio Webb deverá encontrar galáxias minúsculas e brilhantes do universo primitivo. Crédito: NASA

Interações Galácticas
Podemos investigar como a Via Láctea interage com galáxias vizinhas e como essas interações afetam a estrutura e a evolução da nossa galáxia.

Esta ilustração mostra um estágio na fusão prevista entre nossa galáxia Via Láctea e a galáxia vizinha de Andrômeda, como ela se desdobrará nos próximos bilhões de anos. Nesta imagem, representando o céu noturno da Terra em 3,75 bilhões de anos, Andrômeda (à esquerda) preenche o campo de visão e começa a distorcer a Via Láctea com a atração das marés. Créditos: NASA; AEE; Z. Levay e R. van der Marel, STScI; T. Hallas; e A. Mellinger

Estruturas Nebulares
A análise de nebulosas e outras estruturas pode revelar informações sobre os processos físicos que ocorrem nessas regiões, como a formação de jatos e fluxos de material.

História da Galáxia
Estudando as estrelas mais antigas e os aglomerados estelares nas regiões externas, podemos obter insights sobre a história e a formação inicial da Via Láctea.

Portanto, as descobertas do Webb estão abrindo novas portas para a compreensão da formação estelar em regiões distantes da nossa galáxia, oferecendo uma visão detalhada dessas áreas.

Fonte: Notícias – JPL/NASA

Marcos Gimenez

Marcos Gimenez Queiroz é Publicitário, Redator, Roteirista, Professor das Disciplinas RTV e Cinema, Professor Graduado em Letras Português e Espanhol pela PUC-SP e Diretor do GapingNews.com

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